Segundo o Instituto Trata Brasil, o saneamento básico é “O conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica”. 

Nos últimos dias, o debate acerca das águas turvas e com gosto de terra no Rio de Janeiro se espalharam por diversas mídias, e causam preocupação a nível nacional. Segundo os estudos realizados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o problema é uma ameaça à segurança hídrica da Região Metropolitana do Rio. 

O motivo de tal problema, assim como de muitos outros, é da falta de investimento estatal. Segundo a UFRJ, o resultado desta é a “insuficiência do sistema de esgotamento sanitário das áreas urbanas”, o que causa que esgoto sanitário desprovido de tratamento seja drenado por afluentes do rio Guandu, o responsável pelo fornecimento de água para 9 milhões de cariocas. 

O problema do saneamento básico não é preocupante apenas no Rio, mas sim em todo o Brasil. Na verdade, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, o Estado do Rio de Janeiro possui 80% de seus domicílios com coleta de esgoto pela rede geral, enquanto estados como Rondônia, Pará e Piauí possuem apenas 20%.

Lembrando que a "Água Potável e Saneamento” é o sexto Objetivo do Desenvolvimento Sustentável da ONU. Na Declaração da “ONU Água”, em 2010, se disse que: 

 

A água potável limpa, segura e adequada é vital para a sobrevivência de todos os organismos vivos e para o funcionamento dos ecossistemas, comunidades e economias. Mas a qualidade da água em todo o mundo é cada vez mais ameaçada à medida que as populações humanas crescem, atividades agrícolas e industriais se expandem e as mudanças climáticas ameaçam alterar o ciclo hidrológico global. (…)

A cada dia, milhões de toneladas de esgoto tratado inadequadamente e resíduos agrícolas e industriais são despejados nas águas de todo o mundo. (…) Todos os anos, morrem mais pessoas das consequências de água contaminada do que de todas as formas de violência, incluindo a guerra. (…) A contaminação da água enfraquece ou destrói os ecossistemas naturais que sustentam a saúde humana, a produção alimentar e a biodiversidade. (…) A maioria da água doce poluída acaba nos oceanos, prejudicando áreas costeiras e a pesca. (…)

Há uma necessidade urgente para a comunidade global – setores público e privado – de unir-se para assumir o desafio de proteger e melhorar a qualidade da água nos nossos rios, lagos, aquíferos e torneiras.

 

Concluímos esse post lembrando que o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 (Lei nº 11.445/2007), e o fato da situação no país mostra a necessidade de que medidas políticas séries sejam tomadas acerca do assunto.

 

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